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Como o estudo de proteases revolucionou a forma de tratamento do HIV

A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é uma doença causada pelo HIV ou vírus da imunodeficiência humana e teve seu auge na década de 80, quando foi estudada e rapidamente identificada como um retrovírus, isso significa que é um vírus que o material genético contido em seu interior é o RNA e ele faz o uso da enzima transcriptase reversa para formação da dupla-fita de DNA. Basicamente três enzimas participam do processo, a transcriptase reversa, a integrase e a protease.

A transcriptase reversa transcreve o RNA para DNA que é transportado para o núcleo da célula hospedeira onde a integrase irá integrar a dupla fita recém formada no genoma celular, esse vírus integrado no genoma pode permanecer inativo no hospedeiro, sem nenhuma manifestação por meses ou anos, podendo ser transformada em RNA novamente ou traduzida em uma poliproteína que poderá ser clivada por proteases.



Atualmente muitos fármacos utilizam do método de inibição enzimática para sua eficácia, alguns fármacos possuem uma estrutura extremamente parecida com os produtos intermediários da reação e são usados para o HIV pois formam complexos não covalentes com as proteases envolvidas na reação, mas se ligam tão fortemente que é considerado que ocorre uma inibição irreversível. Esses fármacos ajudaram milhões de pessoas no combate aos efeitos da AIDS.




Referências

LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 7ª Edição, 2014.

TONAMI, Camila Alves. Avaliação do perfil de mutações e resistência aos inibidores de transcriptase reversa e protease em pacientes pediátricos infectados pleo HIV-1. 2014. 60 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2014. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/108777>.

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